“Como vender Software Livre? Por que `hai que´ compra-lo?” foi o título oficial da minha apresentação na OpenExpo o passado 2 de junho na sala FINODEX.
O meu alvo foi aportar uma nova perspectiva à cansativa, recorrida e fundamentada coleção de qualidades que oferece o Software Livre (SwL). E, pelo visto na platéia, acho que acertei e até sorprendi.
Comecei presentando a minha experiência comercial fora do âmbito tecnológico, meu perfil profissional e como descubri o SwL. Foi tal o meu entusiasmo que ao pouco tempo bati portas para divulga-lo: prefeituras, partidos políticos no próprio Parlamento de Galiza e institutos foram as primeiras.
Fui aperfeiçoando o meu discurso com a experiência, explicando a públicos atentos que perguntavam suas dúvidas apenas no final das palestras, ou seja, após recibirem uma informação estruturada. Experimentei e abordei o assunto desde diversas perspectivas. Ganhei visibilidade, mas não só isso.
Com ambos fatores chave (público que recebe información estruturada e visibilidade), é fácil concluir que empresarialmente dispunha de importantes vantagens para começar o crescimento empresarial. Mas não foi assim. Chegou com a mudança de governo e a crise econômica para entrar em pane. O câmbio foi radical, daí a minha advertência no slide dez.
Com este sufocante panorama, tinha que tentar convencer e vender ‘a porta fría’, pessoalmente o pior dos cenários. Como face-lo? Explicando as maravilhas do SwL que todos conhecemos, que todos já abordamos, do que tanto se tem escrito*, do que tantos casos de sucesso há, o que a própria GNU amostra… em apenas uns instantes, às vezes até num buteco, e de jeito anárquico? Não! Por favor, não. Aborrecido estou já.
Explicar o resto dos slides requeriria mais tempo do que tenho e quero dedicar a isto de ‘vender SwL’. Tan só deixo minha proposta conclusiva: vende soluções, não SwL.
E, si não fica convencido, tudo bem, segue lendo infinitos artigos*, casos de sucesso e zangando quando te inundem com perguntas de todo tipo vomitadas sem controle e das que, com certeza, a gente sabe todas as respostas (digo isto completamente em sério).